num outro ponto Blanchot esclarece o que a uns ainda é tão obscuro: a relação Morte-Escritura:
"Escrever é ser atraído para fora do vivido, do mundo, em direção à Eurídice, aos infernos – espaço da escritura. Orfeu se volta para Eurídice, pois não voltar-se seria trair uma experiência simultaneamente essencial e arruinadora da obra, experiência onde se atinge o ponto extremo, o extremo risco, exigência paradoxalmente impossível da obra. A experiência é experiência da escritura, busca impossível da origem e da morte. É experiência da atração da origem: o desobrar; e impossibilidade de “olhar” a origem: o obrar."
Recebi o convite e estou visitando. Belo blog, algumas coisas desconcertantes e necessárias. A poesia se alimenta da morte assim como da vida. Somos todos faces da mesma moeda. abraçis
ResponderExcluir