luz, tautologia derradeira
ao Luiz Cláudio no dia de seus anos
parei as ondas dos meus sonhos
para o teu corpo carregar
ao meio dia te quero
procuro sobre as águas
em cima das árvores
respiras o que respiro, segues no meu sangue,
por ti mudei, cabelo, corpo
e trago outro sorriso
pensando que o tempo possa voltar
traz-me um pouco do sereno
que a noite reserva a poucos
e que guardas no teu coração
coloco vestidos noturnos
apago os vestígios, suspendo
um verbo caído
que serenamente inventei
na sazonalidade líquida
de cada inverno
segues, às vezes não me reconheço em ti,
outras nem tanto
mãos que transportam desequilibradamente
a geografia e olhos
que esqueceram ouro em praias longínquas.
Juliete Oliveira
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