o medo de não ter medo pode ser a moradia segura do escuro
quando os pecados do mundo desfilam diante de ti
em silencioso espetáculo
teu coração inabitável, trilha em mata fechada
sem perspectiva suplicamos a direção
caminhamos, pisando em metáforas monstruosas como orquídeas
a tua língua desenha a geografia do fim
dizes: viveu tua mais bela tragédia no círculo da patética inutilidade do martírio
errei estive em tantas portas.
Juliete Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário