 |
"cambridge", desenho de sylvia plath |
brasília
será que elas existem
essas pessoas com torso de aço
cotovelos e olhos alados
aguardando tufos
de nuvem, para lhes dar expressão
esses super-homens! –
e o meu bebê deixado num prego
impulsionado, conduzido
adentro, grita, obeso
ossos exalam a distância.
e eu, quase extinta,
seus três dentes de corte
– acertam meu polegar –
e a estrela,
a velha história.
no caminho encontro ovelhas e vagões,
terra vermelha, sangue materno.
ó tu que devoras
homens como raios de sol, deixe
este
espelho, desfigurado, não redimido
pela aniquilação da pomba,
a glória
o poder, a glória.
sylvia plath, londres, 1962
livre versão: ney ferraz paiva
 |
ao centro, quadro com o poema "brasília" ilustrado com o desenho "cambridge".
exposição de sylvia plath na mayor gallery, londres, 2011.
|
Will they occur,
These people with torso of steel
Winged elbows and eyeholes
Awaiting masses
Of cloud to give them expression,
Thes super-people! –
And my baby a nail
Driven, driven in.
He shrieks his grease
Bones nosing for distance.
And I, nearly extinct,
His three teeth cutting
Themselves on my thumb –
And the star,
The old story.
In the lane I meet sheep and wagons,
Red earth, motherly blood.
O You who eat
People like light rays, leave
This one
Mirror safe, unredeemed
By the dove's annihilation,
The glory
The power, the glory.
Parte superior do formulário