✤ Descida ao limbo, excerto
Aqui estamos no espaço vazio
no vazio nem sabemos onde estamos
e animais tentam preencher o vazio –
animais cada vez maiores
com esqueletos crescentes...
Os monstros cambaleiam
não se conhecem as suas espécies
parecem óleo derramado
suas enormes línguas deslizam sobre nós
como roupa molhada
e através de tudo a tinta iletrada da treva,
espanta-nos – a visão ainda funciona
e aconselha a ocultar-nos sob a terra
não é uma guerra, mas vem esconder-se
entre os animais...
e todos os olhos são zarolhos...
Aqui a mensagem não penetra mais
nem como faca em nosso coração
Mas lá no fundo do recinto, vejam,
Abre-se a portinhola do ninho do camundongo
e luz minúscula e minúsculo ser
procuram alcançar-nos à força.
e animais tentam preencher o vazio –
animais cada vez maiores
com esqueletos crescentes...
Os monstros cambaleiam
não se conhecem as suas espécies
parecem óleo derramado
suas enormes línguas deslizam sobre nós
como roupa molhada
e através de tudo a tinta iletrada da treva,
espanta-nos – a visão ainda funciona
e aconselha a ocultar-nos sob a terra
não é uma guerra, mas vem esconder-se
entre os animais...
e todos os olhos são zarolhos...
Aqui a mensagem não penetra mais
nem como faca em nosso coração
Mas lá no fundo do recinto, vejam,
Abre-se a portinhola do ninho do camundongo
e luz minúscula e minúsculo ser
procuram alcançar-nos à força.
Miodrag Pávlovitch Tradução Aleksandar Jovanovc
Ney Ferraz Paiva, "banquete das ratazanas", colagem, 2016
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