POEMA PRA MAX MARTINS
PRA LER DEPOIS DA CHUVA
encerrar
uma cena sem o último aceno
ir
uma vez mais à transfiguração do mar
ao
dentista de ônibus contestar a beleza
passageiro
sem medo de afinar trovões
ao
bar pra errar mais do que beber-fumar
dentes
fumados hálito impiedoso de envenenar
deixar
a carcaça do senso comum apodrecer
que
vão dizer disso? seu olhar de espião russo
não
flagrar a chuva – dela não ter sido uma palavra bela pra você
Ney Ferraz Paiva
Magritte, O princípio do prazer
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