UM BEATNIK NA ERA DE AQUÁRIO
joguei
golfe com Jack Kerouac
pensei que seria interessante trazer à tona
alguns lances via internet
ele ainda não liderava a liga como batedor
mas foi um jogo bastante duro
um grande taco
procurava captar detalhes do rival
raro instinto técnico
como se tomasse notas pro próximo romance
eu até se poderia dividir
a transmissão em capítulos
o primeiro seria sobre
sua linhagem vagabunda & andarilha
depois poderia abordar
o excesso de bebida afetando o cérebro
chega o momento ele tenta avalia a estratégia
surpreso à mudança de estilo
pergunta-me se de fato achavam que tem obsessão patológica pela escrita
respondo que o tempo todo ele está certo
os críticos errados
fui adivinhando o caminho
tinha meu próprio jogo a forjar
ele diz ter que se apressar
vai se apresentar ao exame de voo em dois dias
e teme que precise adiá-lo
por causa do início de uma hérnia
desconfio se tratar de um blefe
depois disseram que sempre fazia esse
jogo
desde que a ex-mulher escreveu
que ela era Jeck Kerouac
que Kerouac não existia
sequer escrevia os próprios livros
o que ele tinha a oferecer carecia tanto de atrativos
que ela costumava tomar todas as decisões
ela digamos assim fez-se por si própria sem que ele
exercesse alguma influência
que se dependesse dele a classe literária continuaria aí agitando
de maneira costumeira sempre a mesma merda etc.
último recurso
ele prepara-se
tenta arremessar na diagonal
pés em linha reta
ombros livres de fadiga
como se para uma nova peregrinação
ir despertar o tempo com uma dança sensual na rua
cambaleando
atrás de pessoas que realmente interessam
Corsos Cassadys Ferlinghettis
(não vive sem eles)
mangas arregaçadas até o cotovelo
finalmente arremessa taca
o umbigo estala trinca explode
agora se pode ir a todo lugar
agora se pode ir em toda direção
breve virá o dilúvio
ney ferraz paiva
joguei
golfe com Jack Kerouac
pensei que seria interessante trazer à tona
alguns lances via internet
ele ainda não liderava a liga como batedor
mas foi um jogo bastante duro
um grande taco
procurava captar detalhes do rival
raro instinto técnico
como se tomasse notas pro próximo romance
eu até se poderia dividir
a transmissão em capítulos
o primeiro seria sobre
sua linhagem vagabunda & andarilha
depois poderia abordar
o excesso de bebida afetando o cérebro
chega o momento ele tenta avalia a estratégia
surpreso à mudança de estilo
pergunta-me se de fato achavam que tem obsessão patológica pela escrita
respondo que o tempo todo ele está certo
os críticos errados
fui adivinhando o caminho
tinha meu próprio jogo a forjar
ele diz ter que se apressar
vai se apresentar ao exame de voo em dois dias
e teme que precise adiá-lo
por causa do início de uma hérnia
desconfio se tratar de um blefe
depois disseram que sempre fazia esse
jogo
desde que a ex-mulher escreveu
que ela era Jeck Kerouac
que Kerouac não existia
sequer escrevia os próprios livros
o que ele tinha a oferecer carecia tanto de atrativos
que ela costumava tomar todas as decisões
ela digamos assim fez-se por si própria sem que ele
exercesse alguma influência
que se dependesse dele a classe literária continuaria aí agitando
de maneira costumeira sempre a mesma merda etc.
último recurso
ele prepara-se
tenta arremessar na diagonal
pés em linha reta
ombros livres de fadiga
como se para uma nova peregrinação
ir despertar o tempo com uma dança sensual na rua
cambaleando
atrás de pessoas que realmente interessam
Corsos Cassadys Ferlinghettis
(não vive sem eles)
mangas arregaçadas até o cotovelo
finalmente arremessa taca
o umbigo estala trinca explode
agora se pode ir a todo lugar
agora se pode ir em toda direção
breve virá o dilúvio
ney ferraz paiva
Gostei dessa postura dialógica entre ambos!
ResponderExcluirAbração do Pedra
www.pedradosertao.blogspot.com.br