adeus às coisas aqui embaixo
tento morrer
agora
que os cinquenta
anos
travam meus pés
numa armadilha
e a poesia
continua a ser
minha ocupação
não posso dar um
passo
à frente nem
atrás
preciso tentar a
morte
com determinação
atento à voz do Cosmo
aos gritos de Minerva
morrer no mais
refletido
onde chego a ser
dois
enxertado em livros
léxicos
tipografias
hastes
subterrâneas
sem nada levar
da arte
além da minha
loucura
poema: ney ferraz paiva
imagem: graciela itubirde
Nossa, Ney, muito bom!
ResponderExcluirLembrou-me um pouco disso aqui que escrevi, se me permite deixar o link: http://laramaral-teatrodavida.blogspot.com.br/2012/03/tracado-destino.html
Abraço.
Grato, Lara, pela generosidade. Vou a link sim. Grande abraço
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